quinta-feira, 29 de junho de 2017

O canto do Canário Descontinuo - Canário Cantor Español

Estamos numa fase do canto, donde os jovens canários começam a dar os seus primeiros passos, os mais adultos, nascidos em Fevereiro-Março, começam a soar melhor. 
Os mais mais atrasados, destas ninhadas, pois vão a um ritmo mas inferior. Vão ao seu ritmo.
O bonito de trabalhar nesta raça e com este sistema de trabalho já enumerado e explicado é que conseguimos dois objectivos todos os anos:

- Um canto diferente em cada temporada.
– Um canto diferente em cada grupo/ voadora.

Pode-se adicionar um terceiro objectivo, que esta implícito nos outros dois e que hoje vou falar:


UM CANTO NÃO ESTEREOTIPADO.


Todas as raças de canto estabelecidas tem-se caracterizado por ter um canto estereotipado, isto quer dizer umas notas ou gorjeios/giros determinados com a sua pronunciação fonética adequada e sobre tudo com uma determinada composição fonética. 
Por isto mesmo, muitas delas, tem feito de seu método de trabalho para a preparação dos seus jovens canários a copia, chama-se emprego de canários adultos chamados canários "maestros" adultos ou gravações destes na sua melhor época ou pior ainda, gravações informáticas com o repertório dos distintos gorjeios/giros. 
O sistema de trabalho é simples , criar canários com boas faculdades para cantar e para copiar. Por ultimo assegurar-nos que tenham sempre disponível a copia e para isto pois lo idóneo e as gravações do canto todas as horas do dia. Com este método de trabalho esta claro que o canto do canário vai ser parecido se não igual ao que nós o colocamos na copia ou gravação. 
Desta copia o canário creia ou copia sua canção. 
Trabalhar assim, por outro lado totalmente respeitável, não vou ser eu quem diga o contrário, implica como sempre umas vantagens e os contras. 
Estamos apostando por dar-lhe todo o valor ao factor meio ambiental, preparando os canários com o canto que queremos que copiem. Estamos sem duvida estereotipando o canto. 
Cada ano, vamos a obter uns resultados parecidos, se não iguais, e um canto em conclusão semelhante com poucas variações. 
O objectivo é emitir umas determinadas notas ou gorjeios/giros, com uma estrutura fonética delimitada e quando melhor seja a reprodução desta, melhor será o resultado.
Se tem como objectivo um canto estereotipado.
A vantagem a meu entender, que temos os que trabalhamos com esta raça é que não queremos um canto estereotipado. 
Essa é a conclusão mais grande e importante.
Queremos que cada ano, cada ninhada, cante de maneira diferente e que nos surpreenda cada ano com coisas boas e também más, que de tudo há. 
Para isso estamos a apostar por reduzir ao mínimo o factor da copia, evitando-a em todo o possível, chamam-se pais-padres, gravações ou outros pássaros de canto.
Apostando pela capacidade genética que tem os canários desta raça de emitir determinados sons que por ultimo formam uma canção e um canto meritório, com uma musicalidade própria do talento de cada individuo o grupo.
Os giros/gorjeios ou notas da nossa ficha, são realmente importantes e que dão potencialidade ao canto que queremos obter nos nossos canários, são basicamente dois:

Adornos lentos e Adornos compostos. Ambos são gorjeios/giros de composição fonética ilimitada e de máx . Pontuação 19 pontos
O qual é completamente lógico, com o que queremos deste canário. 
https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjaTg0eQ3I9WPFMU88qAnI3TaQ2Qf_GRxLT0VVNcSBFjEd0NifWdYgETxakJc4soB3SEtjU18_fSNWrczW4TfDdblqY5jOWqzzmahRPPpfZ6lpb1nS0Adzs-tPrDbC8xb8Q15elEN4As3kdYQhb40eydQ0cLrN4CicqNHm7lPxm=s0-d




Um canto não estereotipado, que temporada atrás temporada nos surpreenda, não só de ano em ano, senão de grupo em grupo cada ano.
Seguindo a analise da ficha. 
Observa-se que há outra secção de gorjeios/giros de transição e outro de gorjeios/giros de agua. 
Com uma pontuação máx. de 4 pontos.
Desta maneira estamos primando a emissão de notas ou gorjeios/giros de composição fonética ilimitada frente aos de composição fonética limitada, chamam-se gorjeios/giros de agua e transição, muito mais fácil , habituais e pouco meritórios.
Noutras secções da ficha de julgamento, qualificam-se em base as particularidades do exemplar ao cantar, isto quer dizer as suas faculdades, voz, dicção, musicalidade/complexidade e por último a variedade que possa ter este exemplar no seu canto.
Na zona das faltas, encontram-se as rascadas, estridências, nasalidades, excessiva prolongamento dos gorjeios/giros e precipitação. Aqui logicamente tenta-se penalizar todos os sons que soam mal ao ouvido .
A presença de gorjeios/giros ou notas de emissão continua, será penalizada e o dito canário não será pontuado como pertencente a esta raça.
É uma ficha de acordo com o que procura, ao que nos gosta.
Em resumo: 
Canário de grande voz, dicção, musicalidade, lentidão e que se baseia na sua canção em gorjeios/giros de composição fonética ilimitada, chame-se adornos e adornos compostos emitidos de maneira descontinua desterrando e penalizando os giros contínuos dos nossos canários.
Resumindo mas todavia:
Um canto não estereotipado que ano atrás ano que nos surpreenda de grupo em grupo
traduzido Pedro Boavida

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Variação no tamanho dos ovos, a espessura da casca e do conteudo de metais e calcio nas cascas em relação com a ordem de postura e ou desenvolvimento embrional numa ave canora pequena

Resultado de imagem para Acrocephalus scirpaceus

Ainda que haja um numero considerável de estudos que examinam o efeito da ordem de postura dos ovos nos níveis de elementos e várias substâncias químicas, nenhum deles tem tido em conta a presença ou ausência do desenvolvimento embrionário nos ovos;
Neste estudo realizado mediram a  forma, tamanho e a morfometrıa (longitude, largura, volume e massa), a espessura da casca e as concentrações nas cascas e nos conteúdos  dos ovos com e sem embrião de cálcio e 10 outros metais (incluindo elementos essências: cromo, cobre, níquel, manganésio,ferro, cobalto, zinco e magnésio; e dos elementos não essenciais: chumbo e cádmio), através da ordem de postura dos ovos nos   Acrocephalus scirpaceus.

Encontraram um aumento significativo no volume dos ovos com  e sem embrião,e um incremento na longitude e na massa dos ovos com embrião com a ordem de postura. As analises confirmaram diferenças significativas relacionadas com a ordem de postura entre ovos com e sem embrião ́na concentração ́n dos elementos medidos nas cascas (Cu, Cd, Pb, Mn, Fe y Zn) e nos conteúdos dos ovos (Pb). As analises da relação ́n entre a ordem depois tais as concentrações de elementos medidos n as cascas revelaram um incremento significativo na concentração de Mg e Ca nos ovos com embrião,e uma diminuição significativa dos conteúdos de ovos sem embrião ou ́não,e de Cu,Cd, Mn e Co nos conteúdos com embrião.
Os  resultados indicam que a ordem de postura na presença de um embrião, n são os factores críticos  responsáveis da variação em algumas características da morfometrıa dos ovos e nas  concentrações de elementos nas cascas...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ELEMENTOS A TER EM CONTA PARA A CRIAÇÃO NORMAL DE CANÁRIOS

ELEMENTOS A TER EM CONTA 
PARA A CRIAÇÃO NORMAL DE CANÁRIOS









TRIÂNGULO DA VIDA  

















A obtenção de resultados positivos na criação e reprodução de qualquer espécie animal poderá-se obter só se o criador tem a capacidade de saber combinar da melhor maneira os três principais factores que determinam ao sucesso ou ou fracasso dos nossos objectivos, e são os seguintes : Alimentação, Património Genético e o Ambiente.

Estes três factores são representados, pelo conhecido geneticista Walter, mediante um diagrama e que o mesmo Sr. Walter denomina " O Triângulo da Vida "sendo o lado da base o que representa o património genético, um dos outros dois lados representam a Alimentação e o outro lado representa o Ambiente ( entendendo com este termino tudo aquilo que tem a com as doenças ,as curas, o clima, o tipo de aviário, o espaço territorial, o grau de humidade e de luminosidade e sobre tudo a atenção e capacidade do criador com os seus animais).
A superfície do triângulo representa o individuo e a dita superfície, obviamente variara (conseguintemente variará também as condições de saúde, de fertilidade, de adaptação ao ambiente. etc) se alonga-se ou se ainda encurta-se que seja um só do seus três lados.
O triângulo da vida; segundo o geneticista Sr. Walter representa-se com um triângulo ( A,B,C ) e cujos lados ( A,C, e B,C ) são iguais e na base do triângulo ( A, B ) e que representa ao individuo será maior e isto indica que o criador tem sabido coordenar os factores ( Ambiente, Alimentação, Património Genético) do modo mais racional, obtendo um resultado óptimo.


Em troca se o triângulo A-B-C, o lado A-C, é mais curto por causa de uma deficiência alimentar isto comportara uma menor superfície do dito triângulo. Para obter um óptimo resultado, todos os seus três lados deveram estar no perfeito equilíbrio para assim obter a máxima superfície da sua área.

Ao exemplo do triângulo A-B-C , de lados totalmente iguais e uma superfície máxima é a indicação clara de que o criador tem sabido coordenar ao máximo os factores que influenciam sobre o pássaro, já que este expressaram ao máximo todas as características de seu próprio património herdado, de saúde, de adaptação ao ambiente e poderá gozar de uma máxima fertilidade.


Se ao contrario, sobrealimentamos o pássaro ou o que damos  de uma alimentação errónea, obtém-se uma superfície menor, e que corresponde a uma menor vitalidade do sujeito em questão, com toda a consequência que isto trás.
Argumentações similares podem-se realizar para o lado que representa o ambiente e para o lado que representam o Património Genético.

Em definitivo para conseguir resultados positivos na criação dos nossos pássaros deveremos ter em conta se os três lados ou melhor dizer se os factores principais do triângulo da vida estão todos bem coordenados de modo que se possa obter a máxima superfície, ou as melhores condições que o possamos dar aos nossos pássaros e que este não possa expressar o máximo das suas possibilidades individuais.

Por isto os criadores que desejam obter do seu aviário máximo de satisfações deveram fazer todos os esforços necessários ao fim de que nenhum dos seus lados do triângulo os factores principais seja deficitário ou ao contrário exorbitante as necessidades vitais dos pássaros que criamos já que uma alimentação quantitativamente rica ou excessiva em certos princípios alimentícios , e que resulta contraproducentes.


A ) MEIO AMBIENTE

1º Higiene

2º Superlotação excesso de aves

3º Humidade (Bactérias-fungos-Esporas-Antibióticos)
4º Temperatura
5º Ventilação: é por diferença nivelada ou forçada.
6º Iluminação


B ) ALIMENTAÇÃO
1º Sementes: Mistura-hidratos de carbono
2º Papa : (Proteínas mais de 16%)
3º Agua
4º Verdura
5º Frutas
6º Sementes (germinadas ou fervidas)


C ) GENÉTICA
1º) Selecção
2º) Sanidade


Trataremos agora de explicar alguns dos factores que afectam a manutenção dos nossos exemplares e tudo aquilo que ocasiona inconvenientes no nosso aviário.

O primeiro problema que surge é a má alimentação, se relacionarmos os nossos costumes, com a forma alimentar europeia estas assemelham-se.

Uma maneira de poder dar-nos conta que isto é certo, é durante o período das festas de fim de ano, onde são comuns as frutas secas, os torrões, o pão doce, e outros produtos que resultam de um alto valor calórico, para a nossa época onde a temperatura é alta.


Ao contrário na Europa do Norte, esses alimentos são compatíveis já que eles tem uma temperatura muito baixa.
A raiz disto, faz-se o mesmo com os canários, não variamos a alimentação, segundo o clima que tenhamos.

Começamos a dar-lhes comida forte em Agosto-Outubro e continuamos ao começar a criação, e logo a temporada finaliza em Abril-Maio, e ocorre que a alimentação segue sendo a mesma que quando começamos (forte), com um alto poder proteico, por tanto, devemos baixar o consumo de proteínas segundo os meses.

O costume de estender a temporada da criação, em meses quentes e continuamos com a mesma alimentação forte. Não se tem trocado nos meses de temporada quente, ocasionando para os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro, o exemplar acumule um excesso de proteínas o que lhes ocasiona as mal chamadas “pestes ” ou granos nas patas ou detrás da traqueia produzindo o tradicional boqueo (Fevereiro-Março)

Menciono que é um excesso de proteínas, devido a la informação recolhida durante muitos anos e provenientes de diferentes canaricultores, que comentaram ao autor que lhes davam biscoito tradicional ou elaborado comercialmente e aos que lhes adicionavam proteína e vitaminas, que na época de temperaturas baixas é correcto, mas não deve ser a mesma para os meses quentes.

O excesso produz-se porque da-se-lhes aos exemplares a mesma alimentação no inverno que no verão .

As proteínas acumulam-se e devido a que seu organismo não as consome sucede que de alguma forma tem que libertar, observando muitas vezes umas crostas nos dedos, que se colocarmos o exemplar ao ar livre, damos-lhe só agua e alpiste, o canário  salva-se e não morre. Em alguns casos temos referências que tanto o dedo como a unha não o perdem. Há canaricultores que curam essas cristas/crostas externamente, mas não tem em conta que no seu interior fica a infecção.
Se num exemplar uma crosta sai por dentro da traqueia, essa crosta aumenta e que produz é uma  asfixia parcial até que bloqueia a sua respiração totalmente (boqueo). A este canário não se  pode salvar com antibióticos ou outros remédios já que o grano por natureza cresce e o asfixia e ao tentar dar-lhe algum remédio, como este não pode tragar afoga-se e morre.
Sobre alimentação: baseia-se em tudo o que foi mencionado anteriormente que é a má alimentação nos meses quentes, considerando que não é o único que pode prejudicar a criação dos nossos exemplares, também há que ter em conta as seguintes condições normais para a boa manutenção do plantel, que será apresentada abaixo.  
Baseando-nos numa escala de 30 dias, temos durante todo o mês uma alimentação de semente e agua aos 100%, logo encontramos uma percentagem de 33% em higiene, baseando-se numa limpeza cada 2 dias.A Respeito a estar superpovoado temos 6 exemplares por metro cúbico como máximo. Se colocamos 1 ou 2 exemplares mais por metro cúbico, produz-se um superpovoamento.
Se um aviário tem 5x3x3 mts. = 45 mts cúbicos, teremos uma capacidade de 270 exemplares com crias incluídas (se saírem uma media de 3).
Para ter este aviário temos que colocar 50 casais em criação , e assim obtemos 150 crias, estando no limite normal destas dimensões.

Mas nós nestas dimensões colocamos 100 gaiolas em criação. Se utilizamos o mesmo conceito que o anterior teremos 500 exemplares no aviário e por conseguinte a população aumentará ao 12 exemplares por metro cúbico, em vez de 6 exemplares, elevando-se ao dobro do exposto, onde aparecerá a falta de oxigénio e o ar estará viciado, começando assim os riscos de excesso de população super .

Imagem relacionada




Humidade : aproximadamente entre 50% a 70% seria a adequada para a época de criação. Se temos escassa humidade haverá problemas com os ovos que estão em incubação, pois estes perdem humidade e a câmara de ar aumenta seu volume e desloca-se para o embrião um lado do ovo até asfixia-lo, isto ocorre a partir do décimo dia de incubação. 
Além disso um ambiente muito seco favorece ao desenvolvimento dos vírus. Uma alta percentagem de humidade, resulta prejudicial já que no aviário aparecerão fungos, aumentaram as bactérias,terão mais parasitas, etc.

Para os aviários que não são de planta baixo por não ter tanta humidade recomenda-se com um borrifador para  molhar os ovos, ou bem fabricar vapor, colocando um recipiente com agua fazendo-a ferver e procurando ter o ambiente ventilado.


Temperatura : temos uma percentagem entre 25º a 35º que é o aconselhável para lograr o clima perfeito, caso contrário poderiam apresentar  inconvenientes, pois o excesso de temperatura modifica o meio ambiente, isto podemos-o modificar aumentando a ventilação.


Ventilação : É a ventilação de um aviário “ar puro”, com um percentagem mínima de troca total de ar cada 20 minutos, ou salvo que tenhamos uma ventilação permanente, caso contrario temos superpopulação. A falta de oxigénio e uma elevada temperatura fazem subir as bactérias, os fungos e  nos descontrola-nos  o aviário .
Ao aparecer tudo isto, começamos a dar-lhes antibióticos e podemos notar que se descontrola de tal forma que começam a morrer os exemplares. Para evitar todo isto devemos recrear o clima novamente e retirar os exemplares mais doentes para outro sitio.

Alimentação de papa  : é suficiente fornecer nesta época de repouso, que será suficiente com um copo pequeno por exemplar, uma ou duas vezes por semana, na época de criação deve-se dar a quantidade necessária todos os dias. 
Bactérias : aqui a percentagem não se relaciona com as que tem o exemplar dentro de seu organismo. Devem sempre apresentar uma percentagem maior que a dos antibióticos a administrar porque se os valores de antibióticos superam ao das bactérias, matamos a vida e o exemplar não reproduz.
Relacionamos aos antibióticos com anti-vida (das bactérias).

Caso contrario é o dos probióticos, que são os estimuladores das bactérias.
O ponto de vista do autor  é que nunca se deve dar antibióticos salvo em casos necessários e pontuais.
O uso abusivo de antibióticos, produz bactérias cada vez mais resistentes a estes, não resultando efectivos ao administra-los. Recordamos que os antibióticos não são vacinas, não previnem doenças infecciosas, só as tratam. 

Administrar preventivamente antibióticos, não resulta e é ineficaz, senão também prejudicial, aumentando assim a margem de erro , já que muitas vezes não o necessitam e obstaculizamos o verdadeiro quadro de doença.

Há  canaricultores utilizam-o sistematicamente e não tem problemas, mas o que não alcançam a descobrir que tem uma superlotação isto é excesso de canários no aviário e que se não o combatem com antibióticos morrem-se  os exemplares.

Tem um desequilíbrio de bactérias, fungos, etc. e devem equilibrar-lo com os antibióticos. Nem todos os canaricultores pode diagnosticar este problema.

Devem ter em conta que nem todos os aviários são iguais já que um canaril com um meio ambiente normal não apresentará problema algum, salvo em casos particulares onde se deve administrar doses de antibióticos para tratamento do exemplar doente.

Tanto a orientação, como a localização (em piso térreo  ou primeiro andar ), a limpeza e a humidade, são factores que se devem tratar de manter um aviário, para assim ter um equilíbrio perfeito.


Não resulta o mesmo criar um exemplar em San Juan, Salta, Bs. como., ou Mar de prata , porque os climas variam segundo os meses e a região.
Por isso devem adaptar esta nota ao lugar da zona em que se encontram.
Controlo parasitário ( interno ): como mínimo desparasitar-los uma vez ao ano, que normalmente é quando regressamos dos concursos campeonato.

Quando um exemplar tem parasitas estes alojam-se em diferentes lugares do mesmo, mas ao eliminarmos levam uma porção de tecido animal.
Lá temos que administrar algum tipo de pro-biótico para recompor a flora intestinal. 

Controlo parasitário (externo): Neste caso deve-se administrar aos exemplares com uma gota de IVOMEC ao bico e 5 partes de PROPIRENGLICOL misturados, que você  pode administrar com um hisopo na coxa ou rabadilha, que ao deitar suavemente entra o medicamento para a corrente sanguínea. Com isto evitaremos piolhos na criação, piolhos de pena e as tradicionais escamas nas patas. 
Temos que tomar a precaução de realizar este tratamento depois do período dos campeonatos, já que ao estar exposto os nossos exemplares podem regressar infectados.

Este processo  deve-se realizar a todos os exemplares se for em dias contrários poderiam não fazer efeito,  já que se trazemos um exemplar de outro local, todo o trabalho será em vão  porque a vacina tem um poder residual de 72 horas.


Proteínas : Em épocas de repouso só uns 15% do contrario teremos um excesso de proteínas que é que a causa de muitos problemas para o plantel.

Na época de criação para canários até aos 18% de proteínas .

Descontrolo 
Alimentação : agua e semente, que senão as trocamos  todos os dias deterioram-se e sujam produzindo stress por falta de agua e micoses por sementes podres.

Higiene : Se a limpeza do canaril é 2 vezes por cada 10 dias notaremos um leve descontrolo ao que o sumamos a excessiva humidade, os fungos, as bactérias que proliferam e a superlotação que resulta é prejudicial.

Superlotação  : se colocarmos mais exemplares do que realmente deve-se, produziremos uma superlotação; 18 exemplares por metro cúbico produz superlotação e com a excessiva humidade que produzem no meio ambiente declinará.

Alimentação  : como já dissemos na época de repouso é suficiente com uns 15 % de proteínas administrado 3 vezes por semana. Se excedemos a percentagem de proteínas e a frequência da mesma, produzirá-se um excesso proteico que produzirá, seguramente, ácido úrico o qual provocará crostas nas articulações e outro males.

Bactérias : Quando estes aumentam por distintos factores já vistos, é necessário a administração de antibióticos, mas ¿quem disse até quando e quais?
O canaril  que tem um foco de infecção devem administrar doses de antibióticos, o que distorce o meio ambiente do canaril. Só devemos recorrer aos antibióticos respeitando o anteriormente dito e receitados por profissionais.


Controlo parasitário : Alguns dão todos os meses anti-parasitários e antibióticos deduzindo que há um problema no aviário, mas realmente não se sabem se é necessário a administração  de ambos medicamentos. 
Mas pensamos no que estamos falhando e asesorémo nos com alguma pessoa idónea.

Proteínas : No inverno e na época de criação estes podem chegar até ao 18% e no verão não só há que dar-lhes os 10% que é suficiente, com o que evitaríamos inconvenientes no canaril. Evidentemente qualquer destes factores ao variar, produzem um efeito cascata donde que descontrola-nos todo o plantel.

Resultado de imagem para canarios carmelitas

GENÉTICA:Respeito ao item de genética  o autor não fará referência aos cruzamentos sistemáticos em si , só tratará sobre a genética que todo o canaricultor deve saber primordialmente, que é a observação dos exemplares que não rende as condições desejadas: se uns canários que fenotípicamente são muito bons e os filhos saem  com tara ou defeitos há que saber detectar que dos dois é o problema, (trocando-o com distintos casais ).
Isso seria a genética que todos devemos interpretar ao colocar os canários em criação “a observação” e “ os resultados” para assim detectar estes defeitos.

1º) A selecção dos machos e as fêmeas  que vão ser acasalados (acasalamento), o macho sem duvida deve ser um exemplar que pelo  seu canto, tenha demonstrado ser herdeiro de una extraordinária seringe mas além disso pela variedade do seu canto, haver herdado igualmente um cérebro com um bom desenvolvimento da área cerebral do canto.
Se é importante a selecção do macho é por igual ao da fêmea, já que contribuirá com um 50 % da transferência hereditária de um bom canto. 

Como a fêmea não canta a transferência hereditária deve assumir-se, da qualidade de canto do seu pai, de maneira pois, que a selecção das fêmeas fará-se-a  pelo  conhecimento que se tenha da qualidade de canto do seu progenitor .

É motivo de desqualificação a presença de olhos vermelhos, penas frisadas ou a presença de factor vermelho. Não são motivo de desqualificação, ou popa , ou la cola em forma de abanico que apresentam alguns exemplares

2 º) Saúde : quando incorporamos exemplares, devemos observar a saúde porque exemplares sãos no seu fenotipo podem procriar filhos doentes genotípicamente, exemplos: intestinal, respiratório, (fígado). Isto pode-se detectar observando no exemplar, uma mancha negra ou cinzenta escura no abdómen ( fígado alargado).
Não deve apresentar doenças nas vias respiratórias, para isso deve auscultar-se aproximando o peito do canário ao ouvido se apresentar assobios ou som crepitantes (ruído crepitante, semelhante ao que produz-se ao torcer-se o cabelo) o exemplar deve ser separado. verificar-se de que não apresente defeito ou doenças no bico.
Tamanho-Proporção e Forma.
Considerará-se muito bom o exemplar que tendo uma longitude de aproximadamente de 13 a 15 cm. presente as seguintes características:
Cabeça: redonda, grande, bico curto, cónico com base grande, olhos vivos e brilhantes, localizado na linha imaginaria do fecho do bico.
Cuello proporcionado ao largo do corpo.
DORSO: largo, deve formar um único bloque com as asas, que devem apoiar-se natural e simetricamente sobre a base da cola. Visto de perfil deve formar uma linha quase recta com o pescoço e da cola.
COLA: em sua justa medida, relacionada com o corpo, nem curta nem larga.
PATAS: devem ser fortes e robustas, em sua justa medida, com dedos fortes e seguros no agarrar o poleiro.
PEITO: visto de perfil deve ser redondeado e visto de frente, largura.
IMPRESSÃO GERAL:
Neste ponto envolve-se as condições de higiene e saúde do exemplar e em suma  todos os demais considerando que formam em conjunto a la unidade estética do canário.
Dará certamente óptima impressão o canário que além de ser perfeito , e se apresente perfeitamente limpo e saudável .
Uma vez observado estes itens, procederemos a colocar em criação os nossos exemplares.
De tudo isto, comparando e analizando o autor chegou à conclusão que não se deve subministrar antibióticos indiscriminadamente e que há que adaptar-se às condições climáticas do lugar que temos.
Cada criador deverá adoptar isto ao seu meio ambiente e corrigir aquilo que o clima do seu lugar requeira.
Autor :JUAN ANTONIO MESSINA
Juez de F.A.C.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

GENÉTICA Y HERENCIA EN LA CANARICULTURA DE CANTO - Genética e herança na canaricultura de canto

GENÉTICA

GENÉTICA E HERANÇA NA CANARICULTURA DE CANTO

ÍNDICE:

1) INTRODUÇÃO
2) HERANÇA E SEUS MECANISMOS : GENÉTICA
3) GENOTIPO CANORO: SISTEMA DE CONTROLO DO CANTO
4) MELHORAMENTO GENÉTICO
5) ASPECTOS GENÉTICOS NO DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTIRPE: CONSANGUINIDADE, VIGOR HÍBRIDO E CONTROLO DA CONSANGUINIDADE
6) CONCLUSÕES
7) BIBLIOGRAFIA


1) INTRODUÇÃO :

Interessa conhecer como se transmite as capacidades canoras através da hereditariedade, mediante os genes herdados. A canaricultura do canário de canto Timbrado Espanhol tem a dificuldade de ser adicionado sobre outros tipos de criação , devido à complexidade da actividade canora e o deficiente conhecimento da sua fisiologia; isto acrescenta  complexidade e  compreensão da herança do canto.
Todo programa de canaricultura tem como objectivo o melhoramento genético.
Neste processo de melhoramento genético, interessa muito conhecer que propriedades do canto são dependentes do genotipo e quais de sua iteração com os factores meio ambientais mais influentes, até concretizar o fenótipo. Assim, ao analisar qualquer aspecto do canto, poderíamos distinguir se este é mais dependente da dotação genética, e portanto  , ou dos factores ambientais modificáveis, em cujo caso seria não hereditário .  coloca-se hipóteses que o canto aprendido sem a possibilidade de imitação de um modelo adulto, logra que a execução do dito  canto reflecte melhor o genotipo dos canários, sem ver-se falseado pela imitação do canto de outro pássaro. Assim, a selecção dos indivíduos, realizada segundo o seu canto, poderá equivaler a uma selecção dos genotipos mais adequados no processo de melhoramento genético. Outra hipótese alternativa afirma que a descontinuidade realizada no canto do Timbrado não é reflexo dos genes, senão do processo de aprendizagem ao que tem sido submetidos, e que qualquer canário não descontinuo, cantaria uma canção descontinua, se assim o aprenderam de um modelo adulto na voadora; esta mesma hipótese acrescenta-se que se um pássaro de linha descontinua fora educado com machos não descontínuos, aquele cantaria de forma não descontinua. Estas hipóteses expostas nos empurram ao tentar conhecer mais profundamente o mecanismo do canto, sua aprendizagem e sua relação com o genotipo canoro do Timbrado.
No presente artigo desenvolveremos os seguintes pontos de interesse, relacionados com a genética do canto dos nossos canários: faremos uma revisão da hereditariedade e a genética aplicadas aos canários; descreveremos os componentes do genótipo canoro; por último, colocamos alguns critérios úteis para o melhoramento dos nossos canários de canto, assim como para a criação em consanguinidade e do fomento do “vigor híbrido”.

2) HEREDITARIEDADE E SEUS MECANISMOS : GENÉTICA


Neste ponto desenvolveremos aspectos sobre a hereditariedade e genotipo, cromossomas e genes, hereditariedade qualitativa e quantitativa, hetero cromossomas e autosomas, e sobre os gâmetas ou células sexuais : Herança e Genotipo: em sentido amplo e biológico, herança/hereditariedade  significa a transmissão dos caracteres biológicos dos progenitores aos seus descendentes. Tal como a conhecemos hoje, a essência da herança baseada na fecundação das células sexuais masculinas e femininas dando lugar ao ovo, embrião, feto e, por último, ao animal adulto, não foi conhecida em profundidade até à metade do século XX, quando Watson e Crick em 1953 propuseram o modelo básico do ácido desoxirribonucleico (ADN) como suporte da informação genética.

1. É importante distinguir qual é esta informação genética que se herda desde um animal até aos seus descendentes. Convêm esclarecer que as características morfológicas, de produção, de canto, etc., que apresenta um determinado canário, são o produto da acção da informação genética escrita nos seus genes e da do meio ambiente no que tem desenvolvido. Assim, compreenderemos que dois canários filhos dos mesmos pais, possam expressar distinto canto, não só por não ter idêntica informação genética, se não dependendo se tem nascido em distinto mês do ano, se tem tido distinta alimentação, se tem crescido com distinta luminosidade em voadoras, se tem tido distinto estímulo auditivo (professor um e o outro não, etc.): todos esses são factores que constituem no meio ambiente que tem influído sobre a informação genética, muito similar de ambos os irmãos. a variabilidade não é sempre das características concretas de um canário está altamente relacionada com os seus genes: Na proporção dessas características que depende dos seus genes, chama-se herdabilidade .

2. Os caracteres com uma alta herdabilidade permitem conhecer os exemplares com melhores genes, a partir do conhecimento das suas qualidades. Em geral, os caracteres de canto nos canários, assim como de conformação e de produção de gado  tem uma herdabilidade de tipo médio-alto, enquanto que os caracteres reprodutivos tem uma herdabilidade baixa. Pois bem, a esta informação que está nos genes, que regula todas as características dos canários e que transmitem aos seus descendentes, chama.se o “genotipo”; as características que concretamente apresentam os nossos exemplares, suma da acção da informação genética mais a do ambiente, conhece-se-o como “fenotipo”.                                             
O que se herda é o genotipo, não o fenotipo; isto quer dizer que, no canário cantor herdam-se umas capacidades para o canto, mas não a canção concreta que tenha o macho, que pode tê-la aprendido ou não, nem as faculdades de canto que tenha desenvolvido, graças à interacção com o seu meio ambiente.

b) Cromossomas e genes: as cadeias de ADN1 dão lugar aos “cromossomas”3, que agrupam-se por pares com uma forma de "tranças": um que se recebe da mãe e outro do pai. Estas duas cadeias ou cromossomas possuem lugares, um em frente do outro onde  escreve-se por duplicado a informação para desenvolver cada uma de las características do animal, podendo ser estas informações idênticas ou diferentes: se são idênticas, diz-se que há “homozigotia” e, se são diferentes, diz-se que há “heterozigotia” para uma característica concreta. 
Dentro de um cromossoma, cada lugar com a sua informação correspondente recebe o nome de “gene”, e aos pares de lugares dos cromossomas emparelhados com as suas informações para um mesmo carácter, recebe o nome de “alelo”. Quando os dois genes de um alelo são idênticos ou homozigotos,  manifesta-se sem problema no fenotipo a característica em questão, mas se os dois genes



de um alelo são diferentes, podem ocorrer duas coisas: que o fenotipo expresse a acção de um dos dois genes do alelo, o que o fenotipo não expressa a nenhum dos genes do alelo, senão uma mistura de ambos: no primeiro caso, diz-se que o gene que se expressa no fenotipo é “dominante” respeito ao outro que chama-se “recessivo”, enquanto que no segundo caso, diz-se que existe “domínio” a respeito aos dois genes; para que um gene recessivo expresse-se no fenotipo, é necessário que se apresente em homozigotia, como o branco recessivo nos canários. No canário de cor  dão-se muitas dominâncias a respeito a genes recessivos, como as seguintes: branco dominante domina sobre o amarelo, oxidação sobre diluição, no pastel sobre pastel, no opala sobre opala, no satiné sobre satiné, no marfim sobre marfim, presença de eumelanina negra sobre melanina castanha castanho, negro bruno sobre Ágata, Ágata sobre isabela, plumagem intensa sobre plumagem nevada, etc. Estes genes podem alterar a sua informação por alguma circunstância concreta, sofrendo o que se chama “mutação”, que se transmitirá igualmente aos seus descendentes.

c) Herança qualitativa e quantitativa: A transmissão dos genes que regulam um carácter qualitativo, como são as características de cor e textura da pena, que acabamos de citar, tanto os mutados como os não mutados, constituem a chamada “herança qualitativa”. Esta realiza-se, como é sabido, seguindo as leis de Mendel 3. contudo, existem outras características não qualitativas e mais complexas, como aquelas que regulam todas as funções relacionadas com o canto do canário, que estão reguladas pela conjunção de numerosos genes que interagem entre si formando como uma rede. Estas funções são as seguintes:

    a) desenvolvimento, manutenção e funcionalidade do “Sistema de controlo do canto”, composto pela “Rede de núcleos cerebrais” que, possibilitam o “Modelo do mecanismo de aprendizagem” característico do canário, e pela “Modulação hormonal” sobre os núcleos cerebrais, sobre a anatomia das estruturas relacionadas com a fonação, e sobre a coordenação neuro-muscular necessária para a execução do do canto 4, 5.

     b) controlo dos períodos de aprendizagem evolucionando entre as fases da canção plástica ou de modificação activa do canto,  e da la de canção estáveis.

    c) Diferenciação sexual do cérebro que é devido mas a esta rede de genes e não tanto a uma diferenciação hormonal, gónada-dependentes;

    d) comportamento social derivado do uso do canto, para funções de defesa territorial, de cortejo, de formação de colónias, etc. Todos os genes envolvidos na regulação do canto através das funções citadas transmitem-se em conjunto sem seguir as leis da “herança mendeliana” e regem-se por critérios de “herança quantitativa”; não se podem estudar gene a gene, senão mediante o uso exaustivo da estatística .

d) Hetero cromossomas e autossomas : O número de cromossomas existentes dentro dos núcleos das células é constante para cada espécie, ainda que  varia de uma espécie a outra; assim, enquanto que o homem possui possui 46 cromossomas ou 23 pares deles, o canário possui 40 cromossomas ou 20 pares: uno procede de la madre e outro do pai . O par de cromossomas que determinam o sexo recebem o nome de cromossomas sexuais ou “heterocromossomas”, e o ao resto chamam-se “autossomas”. Na raça humana, a transmissão do cromossoma Y do par de hetero cromossomas XY dos varões (as fêmeas tem XX) determinam o sexo masculino, sendo portanto os varões os que determinam o sexo; nos canários a transmissão do cromossoma W do par de heterocromossomas ZW das fêmeas  (os machos tem ZZ) determinam o sexo feminino: sendo a fêmea, portanto, quem determina o sexo, ao transmitir o cromossoma W3. 
Este cromossoma W das aves fêmeas  é muito reduzido  muito reduzido de tamanho e carece prácticamente de informação genética, a excepção de determinar o sexo. Por esta circunstancia, dependendo de si um gene que se herda está nos cromossomas sexuais, ou não, diz-se que uma qualidade se herda “ligada ao sexo” ou “não ligada ao sexo”, respectivamente; no caso afirmativo, o gene em questão se alojará no cromossoma Z e, dependendo de que seu descendente seja macho ou fêmea, se oporá a outro gene de outro cromossoma Z com o que faz par, no primeiro caso, ou não se oporá a nenhum outro gene, pois o cromossoma W das fêmeas  praticamente carece de acção genética. No canário  transmitem-se os seguintes factores ligados ao sexo: marfim, pastel, satiné, melanina Isabela, melanina castanha, melanina Ágata, melanina negro bruno, etc.

e) Gâmetas ou células sexuais: agora nos toca ver como esta informação genética armazenada nos cromossomas, dentro do núcleo de las células de los progenitores, pode chegar a conformar um organismo novo ao que transmitem dita informação. Efectivamente, tanto o macho como a fêmea, tem a capacidade de gerar nos seus órgãos sexuais, testículos e ovários, unas células chamadas sexuais ou gâmetas - espermatozóides e óvulos- respectivamente, que se diferenciam do resto de células do organismo em duas coisas: uma por ter só a metade de cromossomas, 23 no caso das pessoas e 20 no  caso dos canários: tem perdido pois seus pares de cromossomas correspondentes graças a um processo chamado “meiose”1; a outra é a de haver sofrido previamente um processo de intercâmbio de genes entre las pares de cromossomas procedentes da mãe e do pai, possuindo os novos cromossomas das células sexuais genes de ambos, misturados ao acaso. 
Esta é a razão pela qual a dotação genética dos espermatozóides e óvulos de um mesmo individuo são distintos entre si e, em consequência, dois irmãos dos mesmos pais tem um distinto genotipo, podendo ser um canário magnífico cantor e seu irmão de ninho um péssimo cantor. Quando um espermatozóide fecunda um óvulo da canária, se unem os dois núcleos de las células sexuais e dão lugar ao ovo fecundado que, sumando os cromossomas de um e outro, volte a ter o número normal de cromossomas da sua espécie. Este ovo fecundado, por divisão e diferenciação  sucessivamente governadas pelo genotipo herdado e baixo na influencia do meio ambiente, da lugar a um novo individuo.

3) GENOTIPO CANORO: SISTEMA DE CONTROLO DO CANTO

A informação que está nos  genes e que regula todas as funções relacionadas com o canto dos canários e que se transmitem aos seus descendentes, conforme o genotipo canoro. Nos seguintes parágrafos  compararemos o genotipo com o fenotipo canoro, Falaremos dos componentes do genotipo.

a) Genotipo e fenotipo canoro: como veremos mais adiante,la dotação genética de cada pássaro cantor determina o desenvolvimento de uma rede de núcleos cerebrais relacionados com o controlo do canto que tem uma estrutura e funções canoras específicas para cada espécie; também determina a formação do eje hipotálamo-hipofisário-genital que se encarregará do controlo das hormonas sexuais, como a testosterona, que modulará a função desses núcleos e outras estruturas canoras. A rede de núcleos cerebrais, junto com o eje hipotálamo-hipofisário-genital, conformam o chamado  “Sistema de controlo do Canto”. Este sistema faz o possível  desenvolvimento de uns mecanismos naturais –mecanismos básicos do canto-



que governam a aprendizagem , manutenção e renovação das estações do comportamento canoro, fundamentalmente durante os períodos n os que aprendem com mais facilidade: “Período crítico de aprendizagem” ou “Período sensitivo”. Este período, junto com o “sexo cerebral” e o comportamento social associado ao uso do canto também estão determinados pela herança genética (Figura 3).
Este genotipo sofre a interacção com factores meio ambientais, que conduz ao desenvolvimento de uma estrutura nervosa e a um canto específico para cada individuo, formando um determinado fenotipo canoro.
Dentre destes factores meio ambientais, destacam-se pela sua importância a experiência auditiva, a experiência social, os níveis sucessivos de testosterona no sangue -dependentes do funcionamento de estruturas hipotalámicas, ad-renal e testiculares estimulados pela duração da luz do dia (fotoperiodo)-, a alimentação e estado de saúde.

É importante ter em conta, portanto, que quando analisamos o canto dos nossos canários, o que estamos analisando é o resultado da interacção entre os seus genotipos e os factores meio ambientais aos que tem estado expostos. A exposição, ou não, a qualquer a destes factores meio ambientais e à diferente medida da exposição durante o desenvolvimento, podem modificar o resultado final do canto (fenotipo), ainda que existira uma similitude significativa no genotipo dos pássaros sobre os que actuam: portanto, temos que ter em conta esta consideração, pois o canto não sempre refleja um determinado genotipo, se não  há que conhecer tambem os factores meio ambientais que tem influido durante o desenvolvimento.
Em consequência, se na canaricultura alteráramos o normal funcionamento do “sistema de controlo do canto”, modificando os “mecanismos básicos do canto”, -por exemplo lesionando algum núcleo cerebral-, o canto resultante seria um canto patológico, não uma variação natural do canto estereotipado da espécie. Pelo contrario, a modificação e optimização dos factores ambientais influentes sobre estes “mecanismos básicos do canto” -como p isolamento auditivo, o uso de sobre-estimulação auditiva mediante a audição prolongada da radio, a modificação das horas de luz no dia ou fotoperiodo e/ou da interacção social, ou a adaptação do correcto estado de saúde que garanta adequados níveis de testosterona, etc.-, poderia optimizar de forma natural o canto. Rede de núcleos cerebrais e sua relação com o Modelo do mecanismo de aprendizagem ou Mecanismos básicos do canto: A rede de núcleos cerebrais, está formado por duas vias (Figura 4). 
A primeira é a via motora descendente, que envia seus neurónios até à seringe e músculos respiratórios, e controla a execução do canto e a respiração; a função desta via é necessária para a produção do canto e a sua aprendizagem durante a fase sensorial-motora. A segunda é a via auditiva ascendente, que transporta a informação auditiva criada na cóclea (ouvido) hasta los núcleos cerebrais, e participa na discriminação, codificação e, provavelmente, memorização do som , tanto do canto procedente de um modelo adulto como do próprio canto vocalizado; assim, participa na fase sensorial de aprendizagem e pode ser o lugar onde se memoriza uma “ficha auditiva”, assim como donde registará-se-a a diferença entre os sons ouvidos do modelo adulto e os vocalizados pelo próprio pássaro 10 . 
Esta percepção, memorização e comparação do próprio canto respeito a outros permite elaborar uma informação com a diferença constatada -“erro acústico”- e enviar aos núcleos motores umas ordens para corrigir o dito  “erro acústico”, confirmando-se assim um mecanismo de ajuste automático do canto, Modelo de aprendizagem o “feed-back auditivo” (Figura 5). Estes conhecimentos tem-se comprovado evidenciando que os estímulos auditivos


do canto desencadeiam nestas estruturas a expressão de genes zenk, que aumentam a plasticidade neuronal; quer dizer, desencadeiam processos moleculares e celulares associados a genes que modificam os circuitos relacionados com o canto e a memorização.

a) Modulação hormonal sobre los núcleos cerebrais e do canto: As hormonas são substancias libertadas no organismo, que produzem um efeito biológico determinado  nas células que tem receptores específicos para cada uma delas. A união das hormonas com seus receptores, induz um determinado efeito biológico; as hormonas não actuam sobre as células que não tem os seus receptores específicos.
Las hormonas esteróides sexuais (andrógenos e estrógenios) são produzidas nas glândulas supra renais e nas gónadas, mas, nos canários, também , e de forma mais importante,no cérebro . A associação entre as hormonas sexuais e o canto tem sido conhecida desde antigamente, constatando a relação estreita entre o período de criação e a produção de canto. Desde a década dos anos 70, identificaram-se núcleos cerebrais relacionados com o canto, constatando-se também que estes núcleos estava, modulados por estas hormonas sexuais, ao apresentar  um número abundante de receptores e aos andrógenios e estrógenios ; receptores que são mais abundantes durante a época de criação e menos depois dela.
Hoje  pode-se afirmar que o desenvolvimento e posterior atrofia dos núcleos cerebrais e do canto, são dependentes da estações -duração do dia ou fotoperiodo-, e estão determinados pelos níveis  sanguíneos de testosterona testicular (Figura 6). Sabe-se  também que o tamanho do repertório do canto dos canários, depende do tamanho de alguns dos seus núcleos do telencéfalo anterior. A testosterona é transportada ao cérebro e ali é degradada pela enzima aromatase aos metabolitos  secundários activos que actuam  sobre os receptores dos núcleos cerebrais aumentando o seu desenvolvimento e, em consequência, a produção do canto. Além disso, a testosterona induz uma hipertrofia dos músculos seríngeos, preparando-os para um aumento na produção do canto. Há que ter presente que os níveis de testosterona possam ser  também alterados pelas  interacções sociais (interacção com fêmeas , com outros machos, ou necessidade de defender um território) e pelo próprio canto da ave.
Como resumo podemos dizer que as acções das hormonas esteróides sexuais sobre o sistema de controlo do canto as podemos classificar em três tipos:

1) Acção organizativa durante o desenvolvimento : organiza as estruturas cerebrais responsáveis do canto, dando lugar, provavelmente, ao dimorfismo sexual e ao comportamento canoro: os machos cantam mais que as fêmeas  .
Efectivamente, o estímulo precoce com a testosterona as fêmeas  durante períodos críticos do desenvolvimento, dá lugar a uma estrutura cerebral e a um comportamento canoro masculino de forma permanente, ainda que  com menor repertório de sílabas

2) Acção estimulante : a  contribuição  de testosterona nos canários adultos, estimula o crescimento das estruturas cerebrais relacionadas com o canto e estimula o rendimento canoro, fazendo cantar também as fêmeas . A diferença de quando se administra durante o desenvolvimento, estas trocas  duram nada mais que enquanto os níveis desta hormona permanecem altos: as trocas não são permanentes.


3) produz neurogenesis: a contribuição de testosterona no canário adulto dá lugar a um aumento da sobrevivência e a um recrutamento de novos neurónios determina os núcleos cerebrais e a seus arredores, contribuindo o seu desenvolvimento e sua reparação .

4) MELHORAMENTO GENÉTICO:


Para avançar no melhoramento genético dos nossos canários, segundo umas prioridades nas características do seu canto e/ou morfológicas, nós devemos basear em dois princípios: seleccionaremos os indivíduos melhor dotados para as características que interessem e acasalemos estes indivíduos seleccionados. 

Além disso, é preciso trabalhar com uma população bem definida e uniforme, para o qual é necessário que a população com a que trabalhamos seja fechada, que dizer que  seus indivíduos não se reproduzam com animais diferentes a esta população. Portanto, é conveniente aclarar uma série de conceitos básicos acerca das populações de canários en los que intentamos conseguir uma melhoria genética, como são a relação entre a morfologia e a actividade canora, a relação entre a transmissão do canto e o sexo, a raça, estirpe, linha, etc.
As raças raças estão definidas fundamentalmente por características morfológicas e, também, por características de comportamento e produção: no caso do canário de canto pela actividade canora. Não se conhece nenhuma característica/s genética/s que caracterize com garantia a uma raça ou que nos assegure que um animal pertence a ela; além disso, os genes que regulam a actividade canora dos canários não são bem conhecidos e, provavelmente, como outras actividades de produção em outros animais, seja regulada por um conjunto amplo de genes e a sua transmissão  rege-se segundo critérios de herança quantitativa.
A relação entre morfologia e actividade canora, igual que a de produção em outros animais, é muito duvidosa, posto que provavelmente influencia mais no canto a associação de genes não conhecidos que o regulam, que os genes que regulam as características morfológicas; seleccionar uma determinada morfologia não resulta na melhor actividade canora, ainda que seleccionar segundo a actividade canora desejada pode trazer como consequência um tipo morfológico que depois, como reflexo inevitável, associaremos como bom para a actividade canora: exemplo, pescoço curto, tórax e cabeça largos para o timbrado, ??, etc.
Frequentemente os velhos criadores relacionam a transmissão dos genes relacionados com o canto e o sexo dos pássaros: assim, uns dizem que as fêmeas tem mais influencia nesta transmissão, outros, pelo contrario, dão mais preponderância aos machos, enquanto que outros repartem esta preponderância a partes iguais da seguinte forma: nos acasalamentos, as fêmeas, ao acasalarem , eles fornecem ADN à descendência mais a do seu pai , enquanto que os machos o fazem mais de sua mãe; isto quer dizer, que as fêmeas teriam mais influencia em conformar a genética relacionada com o canto dos varões, enquanto que os machos com a das fêmeas  (assente na crença mais difundida na frase “as fêmeas  dão os machos e os machos dão às fêmeas  ”). 
Contudo, não parece provável que na herança do canto tenha relação com o sexo, a ser esta uma herança poligénica e estar situados nos genes em diversos cromossomas; isto faz improvável a herança ligada a heterocromossomas, e improvável também que haja algum tipo de dominância para algum gene relacionado com o canto, que pudera apresentar alguma dominância no sexo masculino. 
Não obstante, a última palavra serão as futuras investigações.
Dentro de cada espécie, o seguinte escalão na diferenciação segundo as características morfológicas e/ou de produção ou actividade canora é a raça (nos canários, raça timbrado espanhol, raça Malinois, raça Roller, etc.), e dentro desta podem-se diferenciar diversas estirpes, e por sua vez dentro das estirpes podem diferenciar-se diversas linhas 9.
 A extirpe é uma população fechada  dentro de uma raça ou variedade dela submetida a um processo de selecção ao largo de gerações segundo as características preferidas, com uma constituição genética definida, ao qual se consegue-se a partir da terceira geração,e na que se observa uniformidade entre as suas aves, o qual se consegue-se a partir da quinta geração. 
A extirpe é a base fundamental do melhoramento genético, tanto em população única como para cruzamentos com outras; nela seleccionam-se os reprodutores, mas estes acasalam-se à vontade do criador em geral e a sorte: a raça é demasiado amplia e necessitamos de uma população mais concreta com  que trabalhar. Dentro de uma estirpe podem formar-se sub-populações, também fechadas, ao seleccionar uns acasalamentos muito concretos entre alguns reprodutores, também concretos, e dar lugar assim a linhas determinadas, que são muito consanguíneos.

5) ASPECTOS GENÉTICOS NO DESENVOLVIMENTO  DE UMA FAMÍLIA : CONSANGUINIDADE, VIGOR HÍBRIDO E CONTROLO DA CONSANGUINIDADE.



Consanguinidade e cruzamento: O sistema de acasalamento mediante consanguinidade seguido da selecção é um caminho mais curto e seguro que só a selecção para obter bons resultados e, às vezes, o único caminho para fixar mutações e caracteres, e dar lugar à aparição de novas raças de canários. Efectivamente, o "out-breeding", segundo a terminologia anglo-saxônica, o acasalamento de exemplares sem nenhum  tipo de consanguinidade produz-se muita “heterozigotia", mas a percentagem de indivíduos de óptima qualidade costuma ser baixo, ao redor de 15%, fruto de muitas vezes do azar nas combinações dos genes: não é, portanto, um método aconselhável , ainda que os indivíduos terão maior "vigor híbrido": maior resistência frente às doenças e frente a meios adversos, incluído o stress, comportamento e atitude, com mais viveza e actividade, melhor reprodução, etc., expressando o individuo com mais facilidade a constituição genética seleccionada para uma qualidade determinada. Entende-se por cruzamento 9 ou acasalamento de indivíduos de populações diferentes. Estes cruzamentos podem usar-se para diversos objectivos, como a introdução de genes novos (poderiam introduzir novidades no canto ou nas características morfológicas), substituição de umas estirpes por outras mediante cruzamentos absorventes (substituir uma estirpe por outra de mais valor, mediante retro-cruzamentos com a estirpe nova), utilização de certa complementaridade entre estirpes (conjunção de aspectos relacionados com o canto ou outros aspectos), utilização do vigor híbrido (para baixar o grau de consanguinidade em populações excessivamente consanguíneas), ou para formação de novas estirpes ou populações sintéticas (estirpes produto da síntese de outras duas ou três). As vezes, utiliza-se o termo de híbrido para denominar ao produto do cruzamento, intencional de não corresponder-se com o verdadeiro significado que tem esta palavra desde tempos antigos: cruzamento viável mas não fértil, de animais de duas espécies distintas, como é o caso do asno e da égua para produzir a mula.
Contudo, ao trabalhar com populações fechadas ou estirpes –como temos visto ser conveniente para o melhoramento genético dos canários de canto-, iremos aumentando o nível de consanguinidade progressivamente, em função do tamanho efectivo da população: número de reprodutores usados em cada geração.

 Falamos de consanguinidade ou endogamia quando existe um grau de parentesco entre dois seres vivos que pertencem à mesma espécie: estão relacionados através de um antecedente comum; isto  pode se ver analisando a árvore genealógica ou pedigree dos indivíduos, como veremos mais adiante. O efeito principal da consanguinidade é o aumento da homozigotia e diminuição da heterozigotia. 
Isto produz efeitos beneficiosos e prejudiciais na criação de qualquer animal, pelo que é um método de cruzamento que requer um equilíbrio entre estes dois tipos de efeitos. O efeito beneficioso mais importante da consanguinidade como método de reprodução é o de produzir um aumento do aparecimento da homozigotia de caracteres óptimos recessivos. Os efeitos negativos da consanguinidade são variados: perde-se "heterozigotia", dando lugar ao aparecimento de homozigotia de genes recessivos para factores letais e de genes recessivos e  com uma frequência superior ao normal, já que muitos destes genes permanecem ocultos em estado heterozigótico nas populações não endogámicas. A perca  do vigor híbrido, dá lugar à "depressão endogámica", caracterizada no canário por uma diminuição da capacidade reprodutora  uma menor postura, alterações da incubação e,talvez , menor qualidade dos ovos e do desenvolvimento  da descendência, diminuição do peso e do tamanho , a uma menor resistência às doenças, maior sensibilidade nas variações ambientais, diminuição da vitalidade, etc.
Para controlar equilibradamente a consanguinidade é necessário chegar ao estrito registo da mesma mediante uma árvore genealógica e utilizar programas de acasalamento sucessivos pré-estabelecidos para obter um grau desejado de consanguinidade. Em consequência, devemos usar para os nossos exemplares de canários uma ficha para apontar o pedigree; isto ajudará-nos a reconhecer o mecanismo por ele que se transmite um determinado carácter e o grau de consanguinidade nos acasalamentos que realizamos.



A consanguinidade está tipificada segundo várias classes; estreita ou "inbreeding": de primeiro grau -pais / filhos, irmãos/irmãs - e de segundo grau - avôs /netos e filhos de pai ou de mãe-; mediana, de terceiro grau -bisavô/ bisneto e tio-sobrinho- e quarto grau entre primos irmãos; e aumenta - desde grau 5º a 10º - que é a chamada "line-breeding".

Elementos que compõe a linguagem  da árvore  genealógica: O sexo masculino representa-se por um quadrado e o feminino por um círculo; as gerações representam-se por linhas horizontais e enumeram-se com números romanos, e cada membro de uma geração  numera-se com números árabes; os cruzamentos representam-se por um traço horizontal que une os casais, e do traço horizontal sai um vertical que abarca a todos os filhos ; com dupla linha representam-se os acasalamentos consanguíneos: cada carácter que se estuda representa-se preenchendo o quadrado ou círculo com um sombreado determinado. Na Figura 7, representamos a terminologia descrita.

6) CONCLUSÕES:


1) As características canoras que mostra um exemplar não são a expressão directa do seu genotipo, senão do seu fenotipo; isto quer dizer, da conjunção do genotipo com o meio ambiente a que esteve exposto; em consequência, é importante conhecer quais destas características formam parte do genotipo e se transmitem, e quais não se transmitem .

2) A canaricultura de canto Timbrado Espanhol requer uma sabedoria na eleição dos progenitores, mas também a arte de conjugar os factores ambientais óptimos para actuem sobre o génotipo  das crias.

3) As características de canto dos canários estão reguladas pela conjunção de numerosos genes que interagem entre sí, formando como uma rede; estes genes transmitem-se em conjunto segundo critérios de “Herança Quantitativa”, não segundo as leis de Mendel.

4) O “Genotipo” dos canários de canto regula a actividade canora através da função que realiza o “Sistema de Controlo do Canto” por meio dos “Núcleos Cerebrais” e a sua “Modulação Hormonal”; através, também, do controlo dos “Períodos Sensitivos de Aprendizagem”, da “Diferenciação Sexual Cerebral” e do ”Comportamento Social”.

5) A composição genética de irmãos dos mesmos  pais não é idêntica, devido ao processo de “Meiose”.

6) A rede de núcleos cerebrais, estimulada pelas hormonas sexuais, forma um “circuito” que permite ao canário chegar a possuir um canto estereotipado adulto, graças ao que memoriza o canto que ouve, compara-o com o que executa ele mesmo , e é capaz de adaptar mediante o treino o seu canto já memorizado: estes são os “Mecanismos Básicos do Canto”.

7) O melhoramento  genético dos canários requer seleccionar os indivíduos melhor dotados e acasala-los entre si , dentro de uma população fechada e uniforme .

8) A possível associação de uma morfologia determinada com uma óptima actividade canora, não é causal.

9) Não dispomos de dados objectivos que sustentem razoavelmente uma prioridade associada ao sexo na transmissão do canto.

10) A canaricultura mediante populações fechadas carrega a vantagem de conseguir  a homozigotia dos caracteres canoros óptimos; sem contudo, o risco de “Depressão Endogámica” obrigando a controlar o grau de consanguinidade; é necessário, pois, trabalhar com árvore genealógica e esquemas concretos de reprodução.

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23) Fernando Orozco Piñán. Conceptos básicos de las poblaciones donde se aplica la mejora. (En) Carlos Buxadé Carbó. Genética, patología, higiene y residuos animales. Ediciones Mundi-Prensa. Madrid 1995. Pg. 15-32.

24) Miguel Angel Toro Ibáñez y Clara Díaz Martín. Consanguinidad y cruzamiento. (En) Carlos Buxadé Carbó. Genética, patología, higiene y residuos animales. Ediciones Mundi-Prensa. Madrid 1995. Pg. 167-181.

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